quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

por não te amar assim perdidamente

Foto: jorge manuel palha «os nós e os laços» por não te amar assim perdidamente uns dedos não se entrelaçaram não se abraçaram com os campos da tua janela no quarto crescente de nós um beijo não foi dado um sorriso não se partilhou uma peça de teatro não aconteceu um jantar a dois não se combinou por não te amar assim perdidamente houve um poema que não se fez um tempo que nunca nos pertenceu uma vez como a primeira vez o vento a afagar-te os cabelos o ar impregnado do teu cheiro o chão a abrir-se nos teus passos por não te amar assim perdidamente deixei todos os romances a meio nunca desatei os nós e os laços fiquei perdido no seio dos enredos mereço que as palavras me abandonem que os meus dedos sejam só os meus dedos e depois não saiba dizer-te urgente na verdade do poeta a ilusão do homem por não te amar assim perdidamente in: «Os poemas não se servem frios» Temas Originais 2011

2 comentários:

  1. que bonito poema...deliciosamente sentido como o vento.Nao conhecia
    luisa gomes

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  2. O Luso renovado precisa de ti e da tua escrita para que se perpetue como o maior e melhor portal de escrita na língua lusa e a fabrica de novos e bons escritores assim como tu, bem hajas e esperamos-te de braços abertos

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