domingo, 23 de janeiro de 2011

Nem sapos nem.



Imagem google: «sapo-bufo-calamita»


Nem sapos nem


Achava os sapos demasiadamente gordos e viscosos para os engolir.
Tentou uma vez uma cobra, mas a safada conseguiu penetrar até à uretra, mostrar a sua língua viperina.
Pegou-a por um rabo de fora.
Achava alguns homens como sapos. Custava-lhe engoli-los. Não porque coisa nenhuma, por serem demasiadamente gordos e viscosos.
Tentou uma vez uma mulher que não fosse um rabo de saias. Falou-lhe de uma cobra, bem capaz de engolir um sapo.
Veio o homem que não sabia o que fazia ali.
Trazia ao pescoço uma cobra que tinha engolido um homem, um sapo, uma uretra, uma mulher.
Sentou-se muito sossegado num sonho, acendeu um cigarro, e explodiu.

2 comentários:

  1. és grande rapaz, por muito que o luso saia a forma com sais deixa-te heroi, sou o flavito do luso. vou t seguir

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  2. És único neste registo, Zé.
    Abraço com gratidão pela partilha.

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