sábado, 19 de setembro de 2009

Exercício


(Foto do arquivo do autor...)

Tenho um quase medo de me repetir, por isso escapo antes do eco, antes do grito. O fim da minha rua é um palácio muito parecido com um circo.
Há um comboio fantasma que me leva e traz em viagem de mil espelhos, caras destorcidas em sorrisos, novos com caras de velhos.
Pelas vidraças passam poemas como se fossem postes, a iluminar as cidades dos que são sozinhos.
Sou o maquinista e o guarda da linha. Entre um e o outro há uma cumplicidade que prescinde das palavras na feitura das histórias.
Avançar, significa ensaiar caminhos.
Escrevo para adivinhar memórias.

1 comentário:

  1. Um bom exercício de recomeço neste novo trilho que ainda vai dar muito que teclar...

    Um beijo ao puto reguila ali da foto!

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