sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Primeiro post(e)


Foto do meu amigo Jorge Fernandes

O meu coração cabe naquilo que o sol desta manhã prometeu, é uma bola que saltita.
Os meninos chutam-na divertidos no largo da igreja, marcando balizas entre o sonho e a realidade. Depois, só é golo se Deus quiser, que se senta comendo fruta junto á bandeirola de canto, por vezes distraído, deixando ao livre arbítrio a felicidade mais pura que há nas coisas simples.
Vejo-os correr para a bola que lhes bate no peito, como um coração que rola, fintando tantas vezes as suas próprias emoções, os seus desejos de vitória.
Um golo na própria baliza acontece junto com a troça. Nada de importante, nada que o tempo não apague. Amanhã verás, mesmo que amanhã não exista por agora.
E depois, um dia mais tarde, sabendo o teu papel em campo, poderás arquitectar as fugas, e saber até de que cor é a esperança.
É branca, quase da cor da relva, um rectângulo de emoções a cumprir-se por palavras.

3 comentários:

  1. José
    Já o tinha lido ali adiante...
    Poderia dizer-te sómente que é um texto bonito como tantos outros que já escrerveste. Mas porque sei que o escreveste com a tua alma magoada, não chega acha-lo apenas bonito.
    Está cheio de metáforas e é preciso conhecer-te bem para tentar descodificar o que cada uma delas representa.
    Sei que te saiu bem lá do fundo de ti e por isso mesmo, tem o valor que tem!
    Passarei a vir saber de ti a este cantinho, mas sempre com a esperança de te reencontrar por lá...

    Beijo

    Cleo

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  2. Estás bem?
    Ora isso é que é importante!
    Marcaste na própria baliza mas olha que ficaste a ganhar por 1-0.
    Ou mais...

    Abraço

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  3. Cleo e Antero, vou tentar dar alguma vida a este blog, e gostava de vos convidar também a participar nele.
    Ainda estou a afinar a máquina, mas gostava de convidar os meus amigos a postarem textos aqui.
    Um abraço aos dois.

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